terça-feira, 25 de dezembro de 2012

MENSALÃO: FUX DISSE QUE "NÃO TINHA PROVA", DIZ MINISTRO

O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou que, antes de ser indicado ao STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luiz Fux teria dito que o processo do mensalão “não tinha prova nenhuma” e que “tomaria uma posição muito clara” no julgamento. As declarações foram feitas durante entrevista na noite de ontem ao programa “É Notícia”, da RedeTV!.

Carvalho disse que, na época, Fux o procurou e comentou o processo do mensalão. De acordo com o ministro, Fux afirmou que a ação penal que seria julgada pelo STF era “sem fundamento”. Ao lado do relator Joaquim Barbosa, Fux foi um dos ministros mais rigorosos no julgamento. Ele condenou os principais réus do processo, incluindo o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

No início de dezembro, Fux afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo que mudou de ideia sobre o caso ao examinar o processo com mais cuidado. “Pensei que realmente não tivesse [provas]. Quando fui ler o processo, no recesso [julho], dez horas por dia, 50 mil páginas, 500 volumes de documentos, verifiquei que tem prova. Eu fiquei estarrecido.”

Carvalho reconheceu na entrevista à Rede TV! que houve “baixa exigência” na seleção de nomes para cargos de direção nas agências reguladoras, quando foi questionado sobre a operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Segundo ele, “falhou o filtro” na escolha dos indicados. O ministro disse que “é doloroso” ver “companheiros se enriquecendo ao longo desses anos”. E reconheceu que ocorreu erro no governo.

Sobre o fraco crescimento econômico de 2012, Carvalho comentou que o governo ficou “perplexo” com o baixo resultado previsto para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, em torno de 1%, segundo o Banco Central. Questionado se a credibilidade do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ficaria prejudicada ao fazer previsões acima do que de fato se confirmou, ele respondeu que “é evidente, não vou negar”. Sobre as perspectivas para 2013, porém, Carvalho prevê um crescimento maior. (As informações da Agência Folhapress)

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