domingo, 23 de dezembro de 2012

EMBARCAÇÕES SÃO ALVOS CONSTANTES DE ROUBOS NA BAÍA DE TODOS OS SANTOS

O mar calmo de água morna da Baía de Todos os Santos é perfeito para o descanso de veleiros e lanchas à beira da costa baiana. Mas, no silêncio da noite, pequenas embarcações sem motor irrompem o espelho d’água. Delas, saem os “piaratas da baía”, ladrões que têm tirado o sossego de velejadores e proprietários de lanchas.

As embarcações de pelo menos três grupos de turistas estrangeiros foram alvo dos piratas este ano. Além disso, na Ilha de Maré, um comerciante teve um motor de barco roubado. Situações como estas têm feito cada vez mais os velejadores investirem em equipamentos de proteção em alto-mar.

Os ladõres agem principalmente durante a madrugada, enquanto os ocupantes dos barcos dormem nas cabines. Sabendo disso, o velejador David Hermida, que há mais de 60 anos navega na Baía de Todos os Santos, resolveu adaptar seu veleiro: colocou alarmes e grades nas entradas no início deste ano.

Ele afirma que, depois de ter sido assaltado na Ilha de Itaparica, não se permite mais deixar as portas do seu barco abertas durante os passeios. “Fui obrigado a colocar alarme e barras de ferro nas entradas da embarcação”, conta Hermida, que teve celulares e dinheiro roubados em 2011. Depois do furto, por medo, o velejador chegou a ficar um ano sem viajar para a Ilha de Itaparica com a esposa, que estava com ele no barco no momento do assalto.

A delegada Christiane Inocência Xavier, que é titular da Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur/Pelourinho) - onde foram registradas duas das três ocorrências com turistas estrangeiros este ano -, vê como comum as ações do chamados “piratas”.

“Isso acontece em Salvador e em toda as cidades portuárias do mundo. Isso é pirataria. É um crime de oportunidade. Não há concentração em uma região específica”, afirma Christiane Xavier. (As informações do Correio)

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