sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

RECUSA DE TÍTULO A BARBOSA FOI "TÉCNICO", DIZ MARCELO NILO

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PDT) assumiu nessa sexta, 28, a responsabilidade pela não inclusão do nome do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa na lista de personalidades que a Casa concedeu o título de "cidadão baiano" na última sessão do Legislativo, quarta à noite. No entanto, fez questão de esclarecer que a não-concessão deveu-se a um problema "técnico", nada relacionado a eventual "vingança" contra a figura de Barbosa, relator do processo do mensalão.

Segundo Nilo, os deputados elaboram, por acordo, a lista das pessoas a ser submetida a votação secreta na Casa para a distribuição dos títulos. "Eu já estava apurando os votos das nove personalidades que os parlamentares propuseram para receber o título (entre os quais o deputado Ronaldo Caiado o o ex-jogador do Flamengo e Vitória Petkovic) quando apareceu o deputado Luciano Simões (PMDB) pedindo para incluir o nome do ministro Barbosa. Ai eu disse que não era mais possível", explicou o presidente da Assembleia, assegurando que os deputados baianos em princípio, não tem nada contra o presidente do STF. "Ele (Simões) pode apresentar a proposta de concessão quando os trabalhos legislativos forem reabertos (em fevereiro) e, se houver acordo de lideranças para a dispensa de formalidades, o título é votado imediatamente", informou ainda Nilo.

Simões causou irritação na bancada do PT ao lançar a ideia de homenagear Barbosa e acusou os deputados petistas por não votar o título de cidadão baiano do ministro. O líder do governo deputado Zé Neto (PT) explicou que resolveu não apoiar a proposta pela polêmica que se travou entre os deputados quando Álvaro Gomes (PCdoB) propôs que se concedesse o título, também, ao ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão.

Caso o título seja proposto novamente em fevereiro e vá a votação em plenário, é bem provável que seja recusado, já que a bancada governista, que apoia o governador Jaques Wagner (PT) tem ampla maioria na Casa. Como a votação da concessão do título é secreta, ficaria mais fácil para os deputados votarem, anonimamente, contra Barbosa. (As informações da Agência Brasil)

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