A polícia trabalha com três hipóteses para o tiroteio que deixou o policial militar Gil Mendes Calixto, segurança do prefeito de Candeias, Sargento Francisco (PMDB), baleado na última sexta-feira. Além da versão contada pelo gestor — de que o próprio teria sido vítima de um atentado —, o delegado Willian Achan, titular da 20ª Delegacia (Candeias), cogita uma tentativa de assalto ou uma represália aos dois seguranças, Calixto e Valnei dos Santos, que também é PM.
À polícia, Valnei e Sargento Francisco contaram que, por volta das 22h30, o prefeito entrou na casa da vereadora Marivalda da Silva (PT) para uma reunião - os dois seguranças permaneceram na porta.
“Ele (Valnei) disse que dois homens passaram e depois voltaram com outros já atirando”, contou o delegado. Calixto foi atingido nas nádegas e está internado no Hospital Português. “Ele deve receber alta amanhã (hoje)”, disse o prefeito. O delegado espera a recuperação do segurança baleado para ouvi-lo. “Também estamos enviando o convite para a vereadora depor”, afirmou Achan.
Marivalda disse que, mesmo sem o convite, pretende ir ainda hoje. “Candeias não tem histórico de crime político, mas tem violência. Achavam que só chegava aos menos favorecidos, mas as pessoas viram que qualquer um pode ser vítima”, afirmou a vereadora.
Para o delegado, nenhuma hipótese pode ser descartada. “Não temos como confirmar ou desmentir nenhuma”, disse. No domingo, no entanto, Achan havia afastado a versão de crime político do Sargento Francisco.
O prefeito insiste na hipótese. “Essa questão de assalto e bala perdida não existe”, disse. Questionado sobre uma eventual retaliação a seus seguranças, o prefeito foi taxativo: “Não foi isso, de forma nenhuma”. (As informações do Correio)
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