Duas semanas depois da assinatura da ordem de serviço para o início imediato da construção do Complexo Viário do Imbuí, não há qualquer sinal de obras na Avenida Paralela. A retirada do Posto 1 tornou-se alvo de disputa judicial a pouco mais dos nove meses previstos para a conclusão dos viadutos no local, segundo o prazo anunciado pelo governo estadual.
A reintegração pelo Estado está prevista para possibilitar a construção do canteiro de obras e dos pilares de sustentação dos viadutos.
Entretanto, mesmo sem prazo para a remoção dos postos 1 e 3, o proprietário José Augusto já anunciou a dispensa de 31 dos 260 funcionários que trabalham nos dois locais e a redução no horário de funcionamento. As demissões começam nesta quinta-feira, 2, e os estabelecimentos, que funcionavam ininterruptamente, passam a fechar às 20h. "Tivemos que fazer uma adequação do quadro para enfrentar essa situação. Estamos pagando o preço prematuramente", afirma Augusto.
Notificação - A concessão de posse do posto expirou em setembro, após 30 anos de exploração - que seriam 40 no projeto inicial, segundo Augusto. Em nota, a Conder indica que "antes mesmo do término do prazo estipulado em contrato, os concessionários foram seguidamente notificados". No entanto, Augusto informa que foi avisado que a reintegração ocorreria nas obras do metrô: "Sabíamos que íamos sair, mas quando as obras do metrô começassem. Não estávamos preparados".
Agora, ele decidiu mover uma ação contra o Estado para adiar a saída do canteiro central. Com isso, a reintegração será feita apenas depois da decisão judicial.
Obras - A construção dos três viadutos, dois na entrada do Imbuí, custará aos cofres públicos R$ 75 milhões, segundo o Estado - além de R$ 20 milhões destinados à indenização das áreas desapropriadas, o que não inclui concessões públicas. O outro viaduto será erguido nas imediações do Supermercado Extra, ligando uma via marginal à Paralela e à Av. Edgard Santos, em Narandiba. Segundo a Conder, no total, as obras incluem três quilômetros de pista, entre viadutos e as vias marginais à avenida. A promessa é desafogar o trânsito na região. (As informações do A Tarde)
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