Indicado pela presidente Dilma Rousseff para o Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Luís Roberto Barroso, de 55 anos, poderá mudar os rumos do julgamento do mensalão petista e será o responsável por relatar a ação penal do mensalão mineiro. Especialista em Direito Constitucional, Barroso terá de julgar também os recursos dos 25 condenados de envolvimento com o mensalão.
Os votos do novo ministro e de Teori Zavascki, que também não participou do julgamento, podem acarretar em redução de penas, absolvição de parte das acusações ou permitir que 11 dos réus sejam julgados novamente, inclusive o ex-ministro José Dirceu. Na disputa pela vaga, Barroso tinha o apoio do secretário-executivo da Casa Civil, Beto Vasconcelos, e do advogado Sigmaringa Seixas, que participou do processo de indicação. Advogados que defenderam réus do mensalão demonstraram confiança. Um deles disse confiar que o perfil técnico de Barroso servirá para corrigir o que considera erros do tribunal na condenação de parte dos réus pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Nesta quinta-feira, depois da escolha, agradeceu a indicação. “Recebi muito honrado a indicação para o Supremo Tribunal Federal da presidenta Dilma Rousseff. Fico feliz com a perspectiva de servir ao País e de retribuir o muito que recebi. Aguardo, com serenidade, a próxima etapa que é a apreciação do meu nome pelo Senado Federal”, afirmou em nota. Mas se seu voto pode eventualmente beneficiar réus do mensalão petista, a posição que adotar será também aplicada no julgamento do mensalão mineiro e poderá beneficiar o ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente do PSDB, Eduardo Azeredo. (As informações do Estadão)
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