Até pelo vulgo, Adilson Souza Lima, 31 anos, tentava disfarçar ser um homem de poucas posses. A outra forma de esconder o patrimônio milionário era um tanto mais engenhosa: considerado um dos principais traficantes do estado pela Polícia Civil, ele tinha uma rede de laranjas que começou a ser desarticulada na madrugada de ontem em uma operação policial conjunta com o Ministério Público Estadual (MP-BA) que prendeu duas pessoas ligadas à sua quadrilha.
Os laranjas foram a forma que Adilson encontrou, antes de ser preso, em setembro do ano passado, para lavar o dinheiro fruto do tráfico e de roubo a bancos. Ao todo, os bens em nome dessas pessoas somam pelo menos R$ 2,5 milhões. Uma casa em Jacuípe, no Litoral Norte, apartamentos em Lauro de Freitas e em área nobre de Aracaju, uma fazenda no interior da Bahia, além de automóveis de alto padrão.
Foram esses os bens bloqueados durante a operação Derrocada, que envolveu mais de 60 policiais e contou ainda com o apoio da Superintendência de Inteligência e do Departamento de Narcotráfico da Polícia Civil do estado de Sergipe. O apoio da polícia sergipana foi preciso porque foi em Aracaju que a polícia prendeu Arigenal dos Santos Soares em um apartamento de Roceirinho que estava no nome do sergipano. Lá, o traficante também era dono de dois lava-jatos. Arigenal responderá por lavagem de dinheiro.
Na operação também foi preso com meio quilo de drogas (cocaína e maconha), Fredson Bispo da Cunha, 24, e apreendida uma adolescente de 17 anos numa fazenda em São Gonçalo dos Campos, vizinha a Feira de Santana. Fredson também era um dos laranjas e diz apenas ser zelador da fazenda. A menor, segundo a polícia, tinha envolvimento com o tráfico e era, segundo Fredson, esposa dele, com quem tem um filho. Nenhuma das pessoas presas ontem tinham antecedentes criminais. (As informações do Correio)
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