Uma técnica em enfermagem da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba afirmou que o marido da funcionária que antecipava o óbito de pacientes em estado grave pode ter sido uma das vítimas. Ao Terra, a funcionária não quis se identificar, mas disse que o ex-chefe da UTI, Nelson Mozachi, morreu em 2006 e foi substituído em seu cargo por Virgínia Helena Soares Souza. “É quase que domínio público dentro do hospital que o marido dela, com câncer terminal, teve a morte antecipada por esses mesmos procedimentos”, declarou a técnica.
Ela afirma ainda que Virgínia reduzia os parâmetros do respirador para 21%, quando estes deveriam estar entre 40% e 60%. De acordo com o Terra, a funcionária também acusa a chefe da UTI de baixar a frequência respiratória e aplicar sedativos fortes, além de reduzir o mecanismo de ventilação assistida para zero.
A técnica em enfermagem ainda reconhece que Virgínia era vista como uma boa médica no hospital: "Ela era vista como uma médica muito competente e que não poupava esforços para salvar vidas de quem ela achava que havia chance. Mas, para os pacientes que ela achava que não valia a pena, ela antecipava a morte”, disse.
Ela afirma ainda que muitos médicos da unidade de saúde sabiam as consequências das ordens da chefe da UTI e mesmo assim as executavam, por causa do poder que ela exercia no hospital. "Muitos colegas meus acabarão indiciados por causa disso, mas eles não tinham alternativa”, declarou. (As informações do G1)
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