A delegada Marta Dominguez, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói, disse na terça-feira (26) que o pai que acusou o padre Emilson Soares Corrêa, de 56 anos, de abusar sexualmente de suas duas filhas pode ser indiciado por extorsão. Isso porque, segundo a delegada, testemunhas contaram, em depoimento, que o pai chantageava o pároco: caso ele não desse dinheiro ou uma casa para a família, tornaria público o vídeo em que Emilson aparece com uma das vítimas. O pai das jovens negou a acusação.
A delegada já pediu que o pai leve o vídeo à delegacia. Caso ele não o faça em 48 horas, poderá ser indiciado por desobediência. Emilson, que prestou depoimento hoje na delegacia, foi indiciado pelo estupro de uma das meninas, hoje, com 10 anos, que teria sofrido abuso quando tinha 7. A irmã dela tem hoje 19 anos. Marta Dominguez estuda o indiciamento do padre também por exploração sexual.
“Não existiu nenhum tipo de oferecimento, nem de dinheiro, nem de imóvel”, disse o pai. Ele contou que o padre ia à casa dele pelo menos uma vez por mês. Ao tentar justificar a postura do padre Emilson, o advogado Roberto Vitagliano chegou a dizer que “a carne é fraca; o padre também é um ser humano”.
Segundo Vitagliano, Emilson admitiu que manteve relações com a garota, ex-coroinha, quando ela tinha 18 anos — e não 13. Ele negou ter abusado da irmã menor. Em entrevista ao jornal “Extra”, a jovem de 19 anos disse ter feito sexo com o padre desde os 13 anos. Segundo ela, o padre tinha na casa paroquial uma hidromassagem em formato de coração. A jovem contou que o religioso lhe deu duas motos e um Tempra, e pagou a reforma da sua casa. (As informações da Agência O Globo)
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