A dívida da Prefeitura de Salvador com clínicas e hospitais privados e entidades filantrópicas, que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), já chega a R$ 100 milhões. Apesar disso, essas instituições não pretendem suspender o atendimento, mas não garantem a oferta dos serviços devido ao atraso dos salários dos profissionais, que ameaçam suspender o atendimento caso o pagamento não seja regularizado.
"Temos unidades com até três meses de atraso nos salários. Os profissionais estão ameaçando parar o atendimento e não podemos obrigá-los a ir trabalhar, porque não estão recebendo", declarou o presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb), Marcelo Britto. Segundo o secretário municipal da Saúde, José Antônio Rodrigues Alves, o montante herdado da gestão anterior é de cerca de R$ 78 milhões. Somado a este total está o valor dos repasses referentes ao mês de janeiro deste ano, que gira em torno dos R$ 23 milhões.
Alves garantiu que os valores referentes ao mês de janeiro serão pagos até o início do Carnaval. Quanto ao restante da dívida, o secretário disse não haver previsão para pagamento. "Ainda não abrimos o orçamento, estamos em balanço. Por isso ainda não pagamos", justificou. O secretário confirmou também que o valor de R$ 12,7 milhões foi repassado pelo Ministério da Saúde para ser encaminhado às unidades filantrópicas. "Assim que abrirmos o orçamento, esse valor será repassado. Mas sabemos que esses valores são totalmente insuficientes", acrescentou. (As informações do A Tarde)
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