O governo de Angola baniu do país a maioria das igrejas evangélicas brasileiras, acusadas de fazer "propaganda enganosa" e de se "se aproveitarem das fragilidades do povo angolano". Essas igrejas não têm reconhecimento do Estado em Angola. A informação é da Folha de S. Paulo.
"O que mais existe aqui em Angola são igrejas de origem brasileira, e isso é um problema, elas brincam com as fragilidades do povo angolano e fazem propaganda enganosa", afirmou o secretário e porta-voz do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Rui Falcão. O partido está no poder em Angola desde a independência do país, em 1975. No país, a religião evangélica vem crescendo e atualmente é de 15% da população.
Tragédia - Em 31 de dezembro de 2012, 16 pessoas morreram por asfixia e esmagamento durante um culto da Igreja Universal do Reino de Deus em Luanda - mais de 15 mil pessoas participavam do culto, muito acima da capacidade máxima do estádio da Cidadela.
Após a tragédia, o governo começou uma investigação que resultou, em fevereiro, no fechamento da Universal e de outras igrejas evangélicas, como Mundial do Poder de Deus, Mundial Renovada e Igreja Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém.
Em março, o governo suspendeu a interdição da Universal, desde então a única reconhecida pelo Estado. Mesmo assim, a igreja só pode funcionar com fiscalização dos ministérios do Interior, Cultura, Direitos Humanos e Procuradoria Geral da Justiça.
As outras igrejas banidas aguardam reconhecimento para poderem voltar a funcionar, mas isso pode não acontecer. "Essas igrejas não obterão reconhecimento do Estado, principalmente as que são dissidências, e vão continuar impedidas de funcionar no país", disse Falcão. "Elas são apenas um negócio." Falcão critica as igrejas citadas. "Elas ficam a enganar as pessoas, é um negócio, isto está mais do que óbvio, ficam a vender milagres." (As informações do G1)
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