Um grupo de manifestantes fechou o trânsito na avenida Paralela com objetos e pneus queimados na tarde deste sábado (20). Segundo testemunhas, eles são familiares e amigos de Giovane de Jesus, 34 anos, morta após sofrer violência sexual em um matagal da avenida, próximo ao Bairro da Paz.
A avenida Orlando Gomes também foi ocupada pelos manifestantes, mas foi liberada por volta das 16h30 pela Polícia Militar. Eles protestaram contra a falta de segurança e de policiamento na Paralela, local onde a evangélica foi assassinada na noite de quarta (17) quando saía do trabalho. O sepultamento foi realizado hoje. Segundo a Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), o protesto foi encerrado às 18h15, quando todas as vias ocupadas foram liberadas pela polícia.
Ainda há registro de lentidão nos locais afetados pelo protesto, que causou um congestionamento que ultrapassou seis quilômetros. Ainda de acordo com a Transalvador, o tráfego de veículos na Orla de Salvador foi a parte mais afetada pela manifestação. Equipes da 15ª Companhia Independente da Polícia Militar (Itapuã) e duas viaturas da Rondesp estiveram no local para negociar com os manifestantes a liberação da avenida Paralela.
Segundo testemunhas, a vítima desceu por volta de 22h em um ponto de ônibus em frente ao bairro de Mussurunga, onde foi abordada por um homem em uma passarela.
Estupro na Paralela - A família já havia comunicado o desaparecimento de Giovane à polícia. Vizinhos fizeram buscas na região e encontraram o corpo na manhã desta sexta. A vítima estava nua e apresentava marcas de violência sexual, além de ferimentos provocados por faca no pescoço e no peito.
De acordo com o delegado Alex Gabriel, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), casos de estupro são comuns no local onde o crime ocorreu. “A família já tinha registrado o desaparecimento na delegacia de Itinga. A vizinhança, como sabe que um é local de estupro, decidiu procurar”, diz o delegado.
A polícia suspeita que o autor do crime seja um morador da região. “Ela era uma pessoa de bem, trabalhadora. Provavelmente, o homem era um morador daquela área e ela deve ter o reconhecido, por isso, ele a matou. Esta é a única possibilidade que pude pensar até agora”, afirma. Casada e mãe de duas filhas, Giovane morava no Bairro da Paz. O marido dela está em estado de choque e não conseguiu acompanhar a remoção do corpo.(As informações do Correio)
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