Em assembleia realizada nesta quarta-feira, 18, no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários da Bahia (Ladeira dos Aflitos, em Salvador), os profissionais da categoria decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir desta quinta, 19.
O presidente do sindicato, Euclides Fagundes, confirmou a paralisação das atividades nas agências bancárias do Estado. "A greve já estava decretada desde a semana passada. A assembleia aconteceu apenas para confirmar a decisão", ele declarou.
"A nossa pauta de reivindicações não inclui apenas questões financeiras. Cotas no sistema de seleção dos contratados e o repúdio ao projeto de lei 4330, que visa a ampliação da contratação de trabalhadores terceirizados, também são demandas da nossa categoria", ressaltou Fagundes. Os trabalhadores reivindicam 11,93% de aumento salarial, com aumento real, piso de R$ 2.860,21 e participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15, além de valorização e melhores condições de trabalho, que incluem fim das metas abusivas, do assédio moral e mais segurança. Outra exigência do sindicato é um percentual mínimo de 20% de negros nas contratações.
Rejeição - A categoria já havia decidido iniciar a greve na última reunião da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na semana passada. A decisão foi confirmada após a rejeição da proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
A greve, segundo o sindicato, é decorrente do não avanço das negociações com a Fenaban, que depois de quatro rodadas de negociações, não teria apresentado propostas satisfatórias para atender as reivindicações, como ampliação do quadro de funcionários para acabar com as filas nas agências, investimento em segurança, melhores condições de trabalho e atenção à saúde.
Segundo o sindicato, por quase dois meses o comando nacional tentou resolver a campanha salarial na mesa de negociação, no entanto, após quatro rodadas, a Fenaban ofereceu reajuste salarial de 6,1%.
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