Mais de uma década depois de ter ajudado rebeldes armados no conflito em Serra Leoa, o ex-presidente liberiano Charles Taylor perdeu hoje seu último recurso no tribunal especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para julgar os crimes cometidos no país africano e foi definitivamente condenado a 50 anos de prisão.
A vara de recursos do Tribunal Especial da ONU para Serra Leoa manteve a decisão original contra Taylor, condenado em 11 acusações de crimes de guerra e contra a humanidade que incluem assassinato, violência sexual e recrutamento de crianças para lutar na guerra.
Aos 65 anos de idade, Taylor tornou-se o primeiro ex-chefe de Estado condenado por um tribunal internacional de crimes de guerra desde a Segunda Guerra Mundial. A confirmação da sentença alimenta esperanças de uma nova era de responsabilização de chefes de Estado e de governo por atrocidades cometidas pelo mundo.
“A condenação de Taylor envia uma mensagem poderosa, a de que quem está em posições de comando pode ser responsabilizado pelos mais graves crimes”, celebrou Elise Keppler, da organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch. Fonte: Associated Press. (As informações do Estadão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário