O tão prometido e temido “dia sem acarajé”, que seria realizado pela baianas de Salvador nesta quarta-feira (20), ficará para depois. Rita Santos, presidente da Associação Nacional das Baianas (Abam), contou que a classe só tomará a medida após esgotar as negociações com o juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, Carlos D’Ávila. “Só vamos parar de vender acarajé por um dia se não conseguirmos conversar com o juiz. Hoje [quarta-feira, 20] vamos realizar uma lavagem de escadarias e, ao mesmo tempo, protestar. Vamos pedir ao juiz que ele reveja o posicionamento que tomou”, disse.
Apesar de não apresentar nenhum documento, Rita afirmou que a direção do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema) emitiu um comunicado que prova que o dendê não poluiu, em todo esse tempo de atividade, as praias da capital baiana. “Em tantos anos de praia, eu nunca ouvi dizer que uma pessoa foi queimada. Nós não poluímos nada, já até recebemos um e-mail da coordenação do Inema dizendo que não. Nós preservamos o meio ambiente”, argumentou.
O apoio recebido pela vereadora Fabíola Mansur (PSB) e a reunião marcada pelo secretário municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza, Maurício Trindade, não foram muito proveitosas. Quando questionada sobre o que mudou depois das audiências, a líder foi categórica e disparou entre um riso e outro: “nada”. “Foram dois encontros e nenhum deu em nada. O apoio de Fabíola fez com que a secretária [Municipal de Ordem Pública] Rosemma Maluf adiasse a liberação da portaria que proíbe a venda do acarajé na areia, mas eu acredito que ela [Rosemma] vá liberar no dia 1º de dezembro”, lamentou.
A prefeitura, segundo Rita Santos, estuda disponibilizar cerca de 120 licenças para que profissionais atuem na faixa litorânea. No entanto, ela alega que “isso não resolve”. Contatada a assessoria da secretária Rosemma disse que ela não iria se pronunciar até que as profissionais realizem a tão prometida manifestação. (As informações do BN)
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