A presidente Dilma Rousseff - que visita Salvador nesta sexta-feira, 1º, para inaugurar a Via Expressa Baía de Todos-os-Santos - desconversa sobre o nome do PT para a eleição estadual em 2014. Ao ser questionada em entrevista por duas rádios sobre a indicação do governador Jaques Wagner para sua sucessão no estado, Dilma preferiu se esquivar. "Não sei. Jaques é muito discreto", afirmou.
De forma mais incisiva, os jornalistas disseram à presidente que nos bastidores o nome do secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), surge como preferido. Ela, mais uma vez, saiu pela tangente, respondendo apenas com um "pois é", deixando a dúvida sobre o futuro candidato no ar.
Além de Rui Costa, o secretário do Planejamento José Sérgio Gabrielli, o senador Walter Pinheiro e o ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano também disputam o apoio de Wagner. O governador disse que o candidato do PT à eleição de 2014 deve ser definido até o próximo dia 15. Já a diretoria do partido quer estender o prazo até 30 de novembro. Sobre as disputas estaduais de partidos que fazem parte da aliança com o governo federal, Dilma disse que o pacto nacional deve prevalecer ao regional. "A aliança nacional é formada por um bloco de partidos e tem um dinamismo para tratar da administração dos assuntos federais", afirmou ela
A presidente afirmou ainda que, apesar disso, "os partidos não são homogêneos e podem ter dinâmicas diferenciadas nos estados. No entanto, a política nacional se sobrepõe a qualquer aliança regional. Se houver problemas que podem interferir na aliança nacional, será resolvido nacionalmente. Ao contrário, o que é regional tem que ser resolvido regionalmente".
Na Bahia, o PSB, que é aliado do governo estadual, entrega nesta sexta os cargos que possuem na gestão de Wagner para lançar a candidatura da senadora Lídice da Mata. A relação entre o PSB e PT estremeceu, já que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (presidente da legenda), pretende disputar a eleição com Dilma. Diante disso, o presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, afirmou que o partido terá apenas um palanque no estado, que é o da presidente Dilma.
O Partido Progressista (PP) também já levantou a possibilidade de deixar a base aliada na Bahia, por conta de divergências sobre o candidato para o pleito de 2014. Neste caso, o partido poderia apoiar um nome de outro partido, como o da senadora Lídice da Mata.
Wagner no Senado - Nos bastidores da política surgiu a possibilidade de Wagner deixar o governo para se candidatar a senador em Brasília. Questionada se pretende levar o governador para Brasília, Dilma mais uma vez desconversou.
"Entre a minha vontade e ele ir (para Brasília) vai uma grande distância. Sempre que puder quero tê-lo perto de mim, já que sou muito amiga dele e da primeira-dama Fátima Mendonça. Eu gostaria que ele fosse me ajudar sempre que possível, mas entendo que ele tem um compromisso como o povo baiano", disse. (As informações do A Tarde)
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