A cerveja brasileira é uma das que mais contém cereais diferentes da cevada, como o milho e o arroz, o que geralmente é uma medida adotada pelas cervejarias para diminuir os custos de fabricação da bebida, já que os aditivos são mais baratos do que o ingrediente tradicional. De acordo com estudos do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo, publicados em 2002 e 2013, esta prática tem aumentado nos últimos anos.
Em ambos os estudos, os cientistas da USP analisaram a presença de outros cereais na bebida com base na quantidade de carbono-13 na sua composição. O carbono-13 é um dos muitos isótopos do elemento e versão mais “pesada” do mais comum, o carbono-12. Enquanto cereais tropicais como o milho têm mais carbono-13 na sua composição, outros, como a cevada, têm menos, e é por meio dessa comparação que os pesquisadores descobrem se os cereais “alternativos” foram misturados na fabricação da bebida e em que quantidade.
As cervejas brasileiras tiveram um valor médio do Δ13C de -21,1 ± 0,6‰, parecido aos encontrados nas fabricadas no restante das Américas e na Ásia, mas acima da média de -25,3 ± 0,9‰ das européias. (As informações do Globo)
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