Na alta estação, o lixo espalhado pelas localidades da Ilha de Itaparica (Grande Salvador) se tornou um problema para a prefeitura de Vera Cruz (Mar Grande).
Moradores se queixam que os veículos da coleta demoram de três a seis dias para recolher o lixo em algumas comunidades, que sofrem com ratos e insetos. Animais de maior porte, como cavalos e cachorros, são atraídos pelos restos de alimentos.
Na última quarta-feira, A TARDE percorreu a BA-001, rodovia que atravessa a ilha, avistando montes de lixo no acostamento. O quadro mais grave foi encontrado nas localidades de Conceição, Barra Grande e Aratuba. A última era a que apresentava mais lixo nas duas margens da ligação entre a BA-001 e Berlinque e Cacha Pregos. "Faz até vergonha convidar uma visita para vir em casa", lamentou a aposentada Maria de Lurdes, 61.
Garis - Funcionários da empresa que presta serviço à prefeitura faziam a limpeza manual na área próxima à praia. Um deles, sem se identificar, disse que a coleta na rodovia não seria possível naquele dia, pois "há poucos tratores para o trabalho mecânico".
Morador de Conceição, o peixeiro James Feitosa, 47, trabalha com alimentos frescos e é obrigado a conviver com moscas, atraídas pelo lixo em frente ao estabelecimento comercial dele. "Além de afastar a clientela, pode provocar doenças, já que está havendo uma infestação de moscas na ilha", reclamou o comerciante. Segundo ele, na última quarta-feira completavam seis dias sem recolhimento do lixo.
No Conjunto Ilha Verde, na mesma localidade, moradores cansados de esperar pela coleta rergiram. O comerciante José Carlos, 43, usou o próprio carro, um Fiat Fiorino, para levar resíduos sólidos até o acostamento próximo à peixaria de James. "Fizemos isso para todo mundo ver. Há uns 20 dias o caminhão não entrava aqui", bradou o comerciante. (As informações do A Tarde)
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