A exclusão do estádio do Morumbi da Copa do Mundo de 2014 provocou uma forte crise na relação entre Fifa/CBF e o Comitê Paulista. Indignados com o que chamam de "truculência" da direção das duas entidades durante o processo que resultou no veto ao estádio, representantes do comitê resolveram contra-atacar. A estratégia é operar em marcha lenta nos próximos meses e passar a impressão de que o jogo de abertura não é tão importante assim para a cidade. O objetivo é um só: forçar a Fifa e a CBF a recolocarem o Morumbi na Copa.
No próximo dia 21 está marcada uma reunião entre os envolvidos na polêmica. Espera-se a presença, por exemplo, de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, do Comitê Organizador Local e uma das figuras mais criticadas dentro do comitê. Como se vê, o clima entre as partes não é amistoso. "Claro que não queremos que São Paulo fique sem a partida de abertura da Copa. Mas não aceitamos a forma como o assunto tem sido tratado. Nos deram um passa-moleque", explicou um dos representantes do comitê. "Vai ser uma batalha de várias rodadas, jogo duro".
Diante da constatação de que o embate será árduo e longo, os dois lados já preparam argumentações. Caso Fifa e CBF não se sensibilizem com o confronto e mantenham o veto ao Morumbi, a direção do comitê estuda dizer que São Paulo perdeu a abertura porque não aceitou usar dinheiro público na construção de arenas esportivas que se transformariam em elefantes-brancos após o Mundial.
Segundo integrantes do grupo, os envolvidos sairiam do episódio com a imagem preservada, enrolados na bandeira de defensores do interesse coletivo. "São Paulo é a cidade com mais condições de receber a abertura, e queremos essa partida. Mas sem fazer loucuras", ponderou o executivo. (As informações são da Agência Estado)
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