O cabo do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, Rodrigo Domingues Medina, de 34 anos, confessou ontem à tarde ter matado por estrangulamento a jornalista Luciana Barreto Montanhana, de 29 anos. Ela havia sido sequestrada por ele no dia 11, depois de ter saído de uma academia dentro do Shopping Eldorado, na zona oeste da capital paulista. Luciana trabalhava para uma grande assessoria de Imprensa e relações públicas paulistana.
Segundo o depoimento de Medina à Polícia Civil, horas depois de ela ter sido colocada no carro do policial, um Gol, teria reagido - por isso, foi assassinada. As mãos da moça foram atadas com algemas de plástico. O cabo jogou o corpo da jornalista na Serra do Mar, na altura do km 44 da Via Anchieta. Nessa mesma noite, ele ligou para o pai da vítima pedindo R$ 500 mil.
Ele contou aos policiais da Delegacia Antissequestro (DAS) ter abordado aleatoriamente Luciana porque estaria precisando de dinheiro, mas não disse para quê e nem se estava endividado. Segundo Medina, a jornalista foi abordada dentro do estacionamento do shopping.
Para o delegado Wagner Giudice, porém, a abordagem ocorreu do lado de fora, em uma das saídas do centro de compras. Giudice solicitou ao Eldorado as gravações das câmeras de monitoramento. O Eldorado informou que colaborou com as autoridades. Pelas imagens obtidas no sistema interno, Luciana esteve sozinha no interior do empreendimento das 18h45 às 21h5.
Medina estaria armado no momento em que obrigou a vítima a entrar em seu carro. O delegado descartou que ele conhecesse a assessora de Imprensa ou que tivesse alguma informação sobre a vida financeira do noivo, um empresário bem-sucedido. "Ele disse que ela falava muito e por isso a matou", contou o delegado.
O corpo foi encontrado ontem, já em estado de decomposição, o que, para Giudice, confirmaria que ela foi morta no dia do sequestro. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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