O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, esteve nesta manhã no ministério da Fazenda negociando com os ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo (Planejamento) a liberação de R$ 1 bilhão a mais para a Saúde. Segundo Temporão, os ministros concordaram em autorizar o dinheiro extra, ficando pendente apenas o formato legal para a liberação do recurso. O ministro informou que o dinheiro será destinado para fechar os pagamentos de tratamentos de média e alta complexidade e também de medicamentos de alto custo. "O dinheiro vai sair", disse.
Questionado sobre como a Saúde pode ajudar no esforço do próximo governo para controlar gastos de custeio, Temporão disse que essa postura de buscar fazer mais com menos já tem sido adotada no dia a dia da pasta. Ele lembrou que recentemente, em uma negociação com o laboratório Novartis, o ministério economizou cerca de R$ 400 milhões em um prazo de dois anos e meio. Mas ele salientou também que boa parte dos gastos de custeio da pasta se referem a transferências a Estados e municípios para tratamento da população.
Apesar de destacar que a Saúde tem se esforçado para gastar melhor seus recursos, Temporão voltou a dizer que a área tem problema de subfinanciamento. No entanto, ele evitou se comprometer a defender a retomada da CPMF. "Quem tem que discutir como resolver o problema é o Congresso. A nossa parte é buscar gastar melhor e cobrar mais recursos", disse Temporão.
O ministro afirmou que até agora não teve nenhuma conversa com a presidente eleita, Dilma Rousseff, e que está seguindo a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de trabalhar dobrado até o fim do ano. (As informações são da Agência Estado)
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