Com a corda no pescoço em razão da frustração dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) pelo governo federal, boa parte dos prefeitos baianos está demitindo funcionários para economizar alguns milhares de reais e pagar o 13º salário e honrar dívidas com fornecedores.
Prefeitos dos municípios de Valença, Itambé, Uruçuca e Mulungu do Morro, com os quais a reportagem conversou, admitiram as demissões. A União dos Municípios da Bahia (UPB) estima que 50% dos municípios estejam cortando gastos demitindo pessoal.
No orçamento da União a previsão do FPM para a Bahia em 2010 era de R$ 4,984 bilhões para os 417 municípios, mas a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) acredita que o Estado feche o ano com -5,7% desse valor, perda estimada em aproximadamente R$ 282,5 milhões – muito para um Estado no qual a maioria dos municípios depende dos repasses federais em razão de receita própria irrisória.
A diminuição da arrecadação dos impostos que compõem o FPM, sobretudo Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Renda (IR), levou o governo a reestimar cinco vezes o montante do repasse para os mais de 5,5 mil municípios brasileiros. Na última previsão a diferença era de menos R$ 8,6 bilhões. (As informações são do A Tarde)
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