A prefeitura apresentou ontem para as baianas de acarajé as propostas para o ordenamento da Orla de Salvador, durante o Encontro Municipal de Baianas, no Centro Cultural da Câmara de Vereadores. Segundo o prefeito ACM Neto, o projeto de requalificação da Orla vai ajudar a nova organização. “Isso porque vai garantir um espaço maior para as baianas trabalharem. Estamos finalizando o estudo e, até o final de setembro, devemos apresentar o edital para a exploração desses novos equipamentos de Salvador”, disse, referindo-se aos quiosques que devem ser construídos.
Segundo a secretária municipal de Ordem Pública, Rosemma Maluf, o número de quiosques, para baianas e vendedores de água de coco, está sendo estudado. “Eles terão de 9m² à 16m²”, adiantou. Por um decreto municipal de 1998, nenhum alimento pode ser preparado na areia das praias. Da mesma forma, o projeto da Orla só permite estruturas removíveis na areia. No entanto, segundo a presidente da associação das baianas, Rita Santos, a categoria não deve aceitar as medidas.
“Em toda a Orla, temos cerca de 550 baianas. É impossível comportar todo mundo na calçada. Pelas nossas estimativas, só umas 100 continuariam trabalhando”, disse Rita. “Não acredito que vai faltar espaço. Mas temos que evitar aglomerados. No Porto, por exemplo, não dá para ter 20 baianas”, rebateu Rosemma.
As baianas também questionam a proibição de estruturas fixas. Amanhã, elas se reúnem com a secretária, para formar um grupo de trabalho. Segundo Rita, caso haja impasse, será convocada uma audiência pública com o Ministério Público do Estado, no dia 19 de setembro. (As informações do Correio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário