Maturidade, experiência, aumento da renda, novos investimentos e projetos são alguns elementos que compõem o pacote de desejos de muita gente ao alcançar a meia-idade. Com o Polo, hoje industrial, de Camaçari não é diferente. Completando 35 anos em 2013, o complexo, que nasceu como petroquímico, consolidou a diversificação de negócios - iniciada em 2001, com a inauguração da Ford. A empresa do setor automotivo fez com que o Polo fosse batizado de industrial, é ainda hoje uma das maiores no local e passa atualmente por um novo processo de expansão.
De acordo com o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), ao menos 13 empresas têm instalação prevista ou estão expandindo negócios já existentes, totalizando US$ 6,5 bilhões em investimentos até 2015, com geração de mais de 17 mil empregos diretos e indiretos. A consolidação do segmento de energia eólica do Polo, cujos empreendimentos começaram em 2011, foi um dos primeiros passos dessa nova fase: fabricantes de equipamentos se concentraram em Camaçari para fornecer peças às empresas que estão instalando seus parques eólicos na Chapada Diamantina, considerada uma das melhores regiões para produzir esse tipo de energia.
"Hoje a Bahia possui toda a cadeia produtiva do setor, pois as empresas do Polo fornecem as torres, turbinas e as pás necessárias à construção dos aerogeradores", afirma Alvaro Carrascosa, diretor-executivo da Torrebras, empresa que começou a operar em maio, com investimento inicial de R$ 30 milhões. Outro grande exemplo de integração nos processos produtivos é a instalação do complexo acrílico liderado pela Basf, que chega ao Polo com um empreendimento de R$ 1,5 bilhão, maior investimento da empresa fora de seu país de origem, a Alemanha.
Em parceria estratégica com a Braskem, de quem compra matéria-prima, a Basf produz ácido acrílico ou superabsorvente, materiais usados em indústrias de tintas ou fraldas, como a Kimberly-Clark, também recém-instalada no Polo. "Esse cenário está alinhado com o principal objetivo do Polo hoje: atrair empreendimentos na ponta da cadeia produtiva (que têm maior valor agregado e geram mais emprego), ou seja, que produzam bens finais para o consumidor, possibilitando integração entre empresas que já estão instaladas", explica o superintendente de comunicação e gestão de pessoas do Cofic, Érico Oliveira. (As informações do A Tarde)
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