quinta-feira, 19 de setembro de 2013

TROFÉUS DE 59 E 88 DO BAHIA SÃO ACHADOS EM SACOS DE LIXO, LARGADOS EM SALA

A torcida prepara a voz: ‘59 é nosso, 88 também...’. O canto, uma referência às duas maiores conquistas do clube, certamente será ecoado no confronto de hoje entre Bahia e Internacional, às 21h, na Fonte Nova. As duas estrelas no peito sempre foram sinônimo de orgulho para os tricolores, mas atualmente se encontram abandonadas num saco de lixo.

Depois de 25 anos da segunda conquista nacional, justamente diante do Internacional, o troféu levantado em pleno estádio Beira-Rio por Bobô, Charles, Zé Carlos e companhia foi encontrado pelo CORREIO em destino bem menos glorioso. Não está no Fazendão, numa pomposa sala de troféus, exibido com orgulho. Foi parar no chão, dentro de um saco de lixo preto, juntamente com a taça de 1959, em uma sala inativa do escritório do clube, localizado no Edifício Mundo Plaza, no Caminho das Árvores.

O motivo de tamanho descaso? Os troféus deixaram o centro de treinamentos do clube por conta de uma ação que seria promovida pelo departamento de marketing da gestão Marcelo Guimarães Filho, programada para o jogo contra o Corinthians, dia 7 de julho. Mas o evento não aconteceu e as taças não voltaram para o seu devido lugar.

Sacha Mamede - que segue como diretor de marketing, mas segundo fontes da nova diretoria será demitido - afirma não saber da transferência. “Estou sabendo por você. Realmente íamos fazer uma exposição com o objetivo de aproximar mais o torcedor da Fonte Nova. Não estou sabendo das taças. Você precisa perguntar a outra pessoa”,

Procurado pela reportagem, o ex-presidente Marcelo Filho disse não lembrar o motivo da mudança. “Mas está na sala do clube, que é o mais importante”. Além das duas maiores glórias do Esquadrão, cobertas de poeira e ferrugem, outros troféus do futebol e esportes amadores estão em estado de corrosão.

Eleito no dia 7, o presidente Fernando Schmidt informou que o acervo irá para um memorial que será criado na Arena Fonte Nova, com possibilidade de visitação para o torcedor. “Isso já está fechado”, assegura Schmidt.

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