A canonização do papa João Paulo II, que ocorre neste domingo, 27, por volta das 10h em Roma (5h, em Salvador), será acompanhada com singular interesse pelos fiéis da Paróquia Nossa Senhora dos Alagados, no Uruguai. Ao nome atual, a comunidade católica terá acrescido o nome "São João Paulo II". A paróquia foi fundada em 1980, quando ocorreu a primeira visita do papa polonês à capital baiana, em 7 de julho, e será a primeira no mundo dedicada ao santo.
"As marcas daquele dia estão presentes na igreja, que terá o nome dele, e em todo o bairro do Uruguai", comentou o padre Etienne Kern, pároco de Alagados. Estava programado que os fiéis se reunissem em vigília à espera da canonização desde a noite deste sábado, 26. "Ele morreu na vigília da Festa da Misericórdia, instituída por ele em 2000. E será canonizado no mesmo dia, ao lado do papa João XXIII, pelo papa Francisco", disse Etienne.
"O papa passou de ônibus pela rua Direta até chegar à igreja. Ele acenou para todos. Os acenos e os gestos dele eram de amor", disse o aposentado José Lima, 70, conhecido como Zezito. "Depois que ele passou por aqui, o Uruguai se transformou. Os poderes públicos olharam para cá. Veio pavimentação, saneamento básico, iluminação", diz Zezito.
Memórias - A canonização de João Paulo II tem um significado especial para o padre José Carlos da Silva, pároco de N. Sra. de Guadalupe (Alto do Peru). "Quando D. Avelar (Brandão Vilela, cardeal arcebispo de Salvador entre 1971 e 1986) disse que eu poderia ser ordenado pelo papa, acrescentou que não era um privilégio, mas uma responsabilidade", disse.
Padre José Carlos contou detalhes da ordenação, ocorrida em 2 de julho de 1980, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. "Na hora da imposição de mãos, ele não só rezou, mas pressionou com força sobre minha cabeça". O sacerdote diz que ser ordenado por um santo aumenta mais a responsabilidade. "Tenho que olhar meu sacerdócio com mais responsabilidade, garra e amor", disse. (As informações do A Tarde)
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