quarta-feira, 30 de abril de 2014

INTEGRANTES DA BAMOR SÃO DETIDOS APÓS SUSPEITO DE MATAR TORCEDOR DO VITÓRIA SER PRESO

Dois suspeitos de envolvimento na morte do puxador da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis (TUI), a principal do Esporte Clube Vitória, Lucas dos Santos Lima, 35 anos, foram encaminhados, ontem, ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Assiel de Jesus Ramos, 21, e Daniel de Jesus de Souza, foram ouvidos à noite pela delegada Klaudine Passos, titular da 3ª Delegacia de Homicídios (DH), que investiga o caso. O primeiro, já teve prisão temporária decretada, de acordo com o seu advogado, Creso Gonzalez Vieira.

O segundo, sócio da Torcida Organizada Bamor (TOB), foi detido na sede da entidade, nos Barris. Outros dois componentes da torcida também chegaram a ser detidos, segundo os advogados da organizada, Delfin Paixão e Marcus Vinicius Rodrigues, mas não foram levados à sede da DH. Eles afirmam que o suspeito preso pela morte de Chapolin — como Lucas era chamado — não faz parte da Bamor. “Sempre que é solicitado, geralmente a cada três meses, enviamos ao Ministério Público a lista com o nome dos integrantes da Bamor. Assiel não é um deles”, garantiu Paixão.

Os pais do jovem, que teve a prisão decretada por 30 dias, também foram ouvidos pela delegada, mas preferiram não dar entrevistas. Procurada, a diretoria da TOB não foi localizada para comentar o assunto. Mas por volta das 21h50, houve reunião sobre a ida de Daniel à delegacia. À tarde, agentes do DHPP informaram que um Palio, que pertenceria a Assiel, estava no estacionamento da instituição para ser periciado.

A mãe de Assiel, que também não se identificou, falou ao advogado do filho que ele não possui veículo, e que a prisão dele não ocorreu na sua casa. A assessoria de comunicação do DHPP não confirmou a existência do carro, a sua origem, ou se o veículo seria o que foi usado pelos criminosos na fuga depois da morte de Lucas. O puxador da organizada do Vitória foi baleado com quatro tiros na cabeça, dentro da loja de suplementos nutricionais da qual era dono com um irmão, na rua General Labatut, na última sexta-feira. Após o episódio, o puxador da Bamor, Bruno Ribeiro, prestou queixa, no último sábado, à 1ª Delegacia (Barris) por ameaças sofridas via telefone e redes sociais.

O delegado Adailton Adan, titular da 1ª Delegacia, ouviu ontem Ribeiro, que não identificou de onde partiam as intimidações. Os advogados da torcida do Bahia, que acompanharam o puxador, disseram que após a queixa ele não foi mais ameaçado. No mesmo dia em que ocorreu o homicídio, a Bamor manifestou solidariedade e fez um apelo à não violência. Outro comunicado foi divulgado pela TUI. Ontem, nenhum responsável pela organizada do Vitória foi encontrado para falar sobre o caso. (As informações do Correio)

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