O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) concedeu nesta terça-feira, 29, o habeas corpus ao motorista de ônibus Jocival Pinto, que estava preso há um ano por atropelar o médico Raymundo Pereira, na avenida Dorival Caymmi, em janeiro de 2013. Com o pedido de soltura, que foi impetrado pelo Sindicato dos Rodoviários da Bahia, o motorista vai responder ao processo em liberdade. O advogado do Sindicato, Adilson Dantas Conceição, alegou que houve excesso de prazo na tramitação do processo, além da falta de fundamentação no decreto que determinou a prisão de Jocival, que é réu primário, tem residência fixa e atividade lícita.
No mês de dezembro, os rodoviários haviam ameaçado parar as atividades caso Jocival não fosse solto. O movimento foi realizado após a libertação da médica Kátia Vargas, acusada de atropelar os irmãos Emanuel e Emanuele Gomes Dias, que responde o processo em liberdade. Na época, o sindicato questionou o tratamento destinado a Jocival, afirmando que houve "dois pesos e duas medidas" por parte da Justiça.
"O motorista não matou aquelas pessoas e continua preso. Sabemos que ele não agiu corretamente, mas entendemos que ele não teve a intenção de matar aquelas três pessoas", disse o diretor de imprensa do sindicato, Daniel Mota.
O caso - Jocival responde pela tentativa de homicídio do ortopedista Raimundo Pereira da Silva Filho, da irmã e da mulher do médico, que estava grávida de sete meses. Segundo a família das vítimas, eles viajavam para Praia do Forte no dia 14 de janeiro de 2013, quando o carro de Raimundo foi atingido pelo ônibus dirigido por Jocival.
Enquanto ele fazia fotos do acidente, o motorista acelerou o veículo, imprensando o médico contra seu próprio carro e ferindo as duas mulheres. Jocival foi preso seis dias após o ocorrido e aguardava julgamento na Colônia Penal de Simões Filho. (As informações do A Tarde)
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