domingo, 27 de julho de 2014

ARGENTINA PEDE TRANQUILIDADE À POPULAÇÃO DIAS ANTES DE POSSÍVEL CALOTE

O governo da Argentina pediu tranquilidade à população neste sábado, dias antes do prazo final de 30 de julho, quando o país pode ser levado a um novo calote da dívida soberana. “Os argentinos têm de permanecer tranquilos, porque a vida segue andando e o governo vai defender os interesses do país e garantir que o sistema econômico siga funcionando”, disse o chefe de gabinete, Jorge Capitanich.

Segundo ele, a Argentina precisa de tempo para negociar com os credores que não participaram da reestruturação da dívida (os chamados “holdouts") e por isso o juiz norte-americano que cuida do caso deve aprovar a cláusula “stay”, que impede a execução da sentença. Capitanich defendeu a estratégia de negociação da Argentina. Segundo ele, o país mantém “uma postura de diálogo para favorecer uma negociação em condições justas e equitativas”. Questionado sobre o risco de o governo ter seus bens embargados pela justiça dos EUA, caso não haja acordo com os holdouts, o ministro minimizou a questão.

“Ao longo do processo de reestruturação da dívida o país teve 900 embargos e cerca de 130 ainda continuam com algum grau de execução no âmbito internacional”. Ressaltando que 93% dos credores aceitaram a reestruturação da dívida, Capitanich brincou e disse que essa é a primeira vez na história da humanidade em que se questiona um país que quer pagar suas dívidas. Ontem, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou que o país está sendo “agredido por capitais especulativos de forma absolutamente imerecida”. (As informações do Estadão)

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