quarta-feira, 30 de julho de 2014

PAÍSES DO MERCOSUL DEFENDEM ARGENTINA E REJEITAM O CALOTE

Unidos em defesa da Argentina, os cinco países membros do Mercosul adotaram nesta terça-feira, 29, a versão de que o país platino não estará em “default”, mesmo que não pague nesta quarta-feira a dívida de US$ 1,3 bilhão aos chamados fundos “holdout"- credores que não participaram da renegociação da dívida em 2005 e 2010-, descumprindo uma decisão da Justiça de Nova York. Ao final da Cúpula do Mercosul, na Venezuela, os membros efetivos e a Bolívia, que está em processo de adesão, declararam que “de nenhum maneira se pode considerar em processo de ‘default’ quando um país solvente e líquido realiza pontualmente seus pagamentos”, mas estes são bloqueados.

“Os Estados-parte do Mercosul manifestaram seu mais enérgico rechaço a ação desse fundos ‘houldouts’ cujo modelo de negócios obstaculiza a obtenção de acordos definitivos entre devedores e credores, pondo em risco futuras reestruturações de dívidas soberanas e a estabilidade financeira internacional”, diz a declaração. Os países pedem, ainda, que a comunidade internacional reconheça o “perigo dessas ações” e se pronuncie sobre o tema. $Dilma$ Em seu discurso na plenária ampliada do Mercosul e Estados associados, a presidente Dilma Rousseff fez uma defesa veemente da Argentina.

“Somos integralmente solidários com a Argentina, que enfrenta hoje um desafio considerável no processo de reestruturação de sua dívida soberana. Essa solidariedade do Brasil não é retórica”, afirmou. “O Brasil apresentou-se como ‘amicus curiae’ quando do exame, pela Suprema Corte dos Estados Unidos, dessa questão”, disse a presidente. Dilma lembrou que o País também pretende levar o tema à reunião do G20, em novembro, na Austrália. “O problema que atinge hoje a Argentina é uma ameaça não só a um país irmão. Atinge a todo o sistema financeiro internacional. Não podemos aceitar que a ação de alguns poucos especuladores coloquem em risco a estabilidade e o bem-estar de países inteiros. Precisamos de regras claras e de um sistema que permita foros imparciais, permita previsibilidade e, portanto, justiça no processo de reestruturação de dívidas soberanas”, disse a presidente. (As informações do Estadão)

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