quarta-feira, 23 de julho de 2014

MÉDICOS DEVEM ACIONAR JUSTIÇA PARA PODER NEGOCIAR COM BRADESCO SAÚDE

Paralisados desde o dia 25 de junho, os médicos que suspenderam as atividades com a Bradesco Saúde devem mover uma ação civil pública contra a operadora para conseguir negociar. Segundo o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), são cerca de três mil profissionais prejudicados e a situação não tem sido resolvida ainda por conta da falta de diálogo com a prestadora. "Nós devemos requerer judicialmente o reconhecimento do sindicato para discutir o reajuste", disse Francisco Magalhães. A decisão de judicializar ainda mais a querela deve ser encaminhada em assembleia da categoria marcada para esta quarta-feira (23) na sede da Associação Baiana de Medicina (ABM).

A pauta de reivindicações se refere principalmente ao reajuste de honorários pagos pelo Bradesco em consultas – que sairia de R$ 65 para R$ 150 – e a atualização da planilha de Classificação Brasileira de Procedimento e Honorários Médicos (CBHPM). Na segunda-feira (21), o Procon, a Defensoria Pública e o Ministério Público da Bahia ajuizaram uma ação civil pública devido aos transtornos gerados pela interrupção dos serviços e o não cumprimento do plano de contingenciamento proposto pelo Procon. A medida previa o uso de linhas telefônicas para orientar os clientes e encaminhá-los às unidades para realização de procedimentos.

Os órgãos requereram também a condenação da operadora em multa de R$ 6 milhões por danos causados à sociedade, e indenização a cada segurado de R$ 5 mil por problemas de falta de informação. No estado, cerca de 400 mil pessoas (290 mil só em Salvador) contratam o plano de saúde. Ainda na assembleia, os médicos pretendem ratificar a continuidade da paralisação. (As informações do BN)

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