sexta-feira, 26 de agosto de 2016

DILMA AFIRMA PAGAR PREÇO POR LAVA JATO

A presidente afastada Dilma Rousseff pretende dizer em sua defesa no Senado, na segunda-feira, 29, que o processo de impeachment só foi aberto porque ela não cedeu à pressão para barrar a Lava Jato. Dilma recebeu sugestões para citar até mesmo o áudio em que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirma ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado ser preciso mudar o governo para "estancar a sangria" da Lava Jato e impedir o avanço das investigações.

Uma comitiva de 35 pessoas, a maioria ex-ministros, escoltará Dilma. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai desembarcar em Brasília no domingo, terá conversas com senadores e jantará com a presidente afastada. Lula avalia que "só um milagre" vai salvar sua sucessora e quer demonstrar solidariedade, acompanhando-a ao Senado. Petistas, porém, sondaram a oposição para saber se o ex-presidente será hostilizado se for ao plenário. Apesar da resposta negativa, há receio de tumulto. "Lula virá, mas duvido que queira ficar no plenário", afirmou o líder do PT, Humberto Costa (PE).

Diante dos senadores, a presidente afastada vai insistir que é inocente, sob o argumento de que não cometeu qualquer crime de responsabilidade. O depoimento de Dilma vem sendo preparado para que ela reforce a ideia de que está pagando um alto preço justamente por combater a corrupção, e não por autorizar "pedaladas fiscais". (As informações do Estadão)

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