O poeta, ensaísta e tradutor Décio Pignatari morreu na manhã de ontem, aos 85 anos. Internado no Hospital Universitário da USP desde a sexta-feira, ele teve insuficiência respiratória e pneumonia aspirativa (infecção pulmonar). Ele também sofria de Mal de Alzheimer.
Pignatari, que estava internado no Hospital Universitário da USP, em São Paulo, foi um dos principais nomes do concretismo, ao lado dos irmãos Haroldo e Augusto de Campos— com quem editou a revista Noigandres, no anos 1950. Também com os irmãos Campos publicou Teoria da Poesia Concreta, em 1965.
Nascido em Jundiaí (SP), em 1927, Pignatari publicou seus primeiros poemas em 1949 na Revista Brasileira de Poesia. Seu primeiro livro de poemas foi Carrossel (1950), depois vieram O Rosto da Memória (1988) e Panteros (1992).
Formou-se em Direito pela USP, em 1953, e, três anos depois, lançou o movimento da poesia concreta com o grupo Noigandres. Em 1956, o grupo publicou Plano-Piloto para a Poesia Concreta. Também teórico da comunicação, Pignatari ajudou a fundar a Associação Brasileira de Semiótica, nos anos 1970.
Autor de Informação, Linguagem e Comunicação (1968), traduziu obras de Marshall McLuhan, como Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem.“A importância dele não pode ser subestimada. Era uma das inteligências mais incisivas que este país já teve”, disse Frederico Barbosa, 51 anos, poeta e diretor da Casa das Rosas.
De acordo com Barbosa, a família não vai fazer velório e o enterro está programado para hoje, ao meio-dia, no cemitério do Morumbi. (As informações do G1)
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