O Senado norte-americano ameaça não votar novamente o acordo sobre o abismo fiscal caso a Câmara dos Representantes (deputados) faça emendas ao projeto. O senador democrata Harry Reid, líder na casa, declarou na noite desta terça-feira que já fez o que tinha que ser feito e que os senadores estavam indo embora para suas casas.
Na Câmara, a indefinição permanece. A sessão está suspensa desde às 13h23 (16h23 pelo horário de Brasília) e não se sabe quando será retomada. Os deputados republicanos não ficaram satisfeitos com o corte de gastos que os senadores aprovaram na madrugada desta terça-feira. "Não vou apoiar o acordo", declarou o líder republicano na Câmara, Eric Cantor. Como o partido tem maioria na casa, sem o apoio de Cantor, dificilmente o acordo seria aprovado. A deputada e representante da minoria democrata na Câmara, Nancy Pelosi, pediu que o projeto fosse aprovado sem emendas e declarou que a maioria de seus colegas de partido apoia o acordo do jeito que foi aprovado no Senado.
Líderes republicanos falam na noite desta terça-feira em avaliar a votação de dois projetos. Um seria sem emendas ao que foi aprovado no Senado. Outro teria emendas, que seriam basicamente cortes maiores de gastos públicos, que somam US$ 300 bilhões, de acordo com a imprensa norte-americana. O que tiver maior empatia entre os republicanos deve ser levado para votação na Câmara. Os Estados Unidos já estão tecnicamente no chamado abismo fiscal, um conjunto automático de aumento de impostos e corte de gastos públicos que entrou em vigor neste dia 1º de janeiro. Como é feriado, as mudanças começam a valer a partir desta quarta-feira, dia 2.
O atual Congresso americano tem até o meio dia de quinta-feira, dia 3, para aprovar o acordo. A razão é que tomam posse os novos senadores e deputados eleitos em novembro, na mesma eleição que o presidente Barack Obama foi reeleito presidente dos EUA. (As informações da Agência Estado)
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