quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

ESTATAIS DEIXAM DE INVESTIR, EM 2012, R$ 7,7 BI

As empresas estatais federais encerraram o ano investindo R$ 7,7 bilhões a menos do que poderiam, aponta relatório publicado ontem pelo Ministério do Planejamento no Diário Oficial da União (DOU). Num ano em que, diante da cautela do setor privado, o governo apostou fortemente no investimento público, a administração indireta investiu R$ 97,9 bilhões, quando poderia ter chegado a R$ 105,6 bilhões. Ou seja, foram executados 92,7% do orçamento disponível.

Apesar da frustração, o dado revela uma melhora na comparação com 2011. Naquele ano, foram investidos R$ 82,4 bilhões para uma autorização de R$ 103,8 bilhões, um nível de execução de 79,4%. Em 2013, as estatais contarão com um orçamento de R$ 110 bilhões.

Os dados do Planejamento mostram que os investimentos no setor elétrico, que abriu o ano com problemas na geração de energia por conta do baixo nível de água dos reservatórios das hidrelétricas, ficaram bem aquém do autorizado. O grupo Eletrobrás investiu R$ 5,9 bilhões para um orçamento de R$ 8,6 bilhões, uma execução de 69,1%. Em comparação, o grupo Petrobrás investiu R$ 85,9 bilhões para um orçamento de R$ 87,5 bilhões, uma realização de 98,1%.

O Ministério de Minas e Energia, ao qual as duas estatais estão subordinadas, é disparado o que dispõe de maior fatia de investimentos. Ele responde por 93,8% do que foi desembolsado pelo conjunto das empresas no ano passado. A pasta é também a que teve melhor desempenho, se comparado o orçamento de que dispunha e o volume efetivamente investido. Por esse critério, a realização foi de 95,6%. Seguindo perto, o Ministério da Previdência Social executou 94,6% de seu orçamento e o da Agricultura, 93,8%.

Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) desembolsou 59,5% do que lhe estava reservado e o da Saúde, 29,1%. No primeiro caso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) dispunha de autorização para investir R$ 49,2 milhões, mas realizou R$ 29,3 milhões, segundo dados do Planejamento. (As informações da Agência Estado)

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