A presidente Dilma Rousseff comparou na noite desta quarta-feira (30) o holocausto aos 300 anos de escravidão e à ditadura no Brasil, como difíceis períodos na história de uma nação. Ela afirmou ainda que negar a existência do holocausto é o mesmo que repeti-lo.
“Essa presença aqui tem um significado especial porque o Brasil também passou por períodos difíceis na sua história. Nós não podemos, por exemplo, esquecer os 300 anos de escravidão da população negra ou os anos de ditadura que nós tivemos de enfrentar. O holocausto sempre será para o Brasil uma questão que, de maneira alguma, não se pode negar”, disse a presidente durante cerimônia em homenagem às vítimas do nazismo, realizada hoje em um hotel da capital federal.
O evento foi transferido depois que o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal vistoriou e vetou a sede da Ordem dos Advogados do Brasil, que inicialmente abrigaria o evento. De acordo com os bombeiros, o local não oferecia condições mínimas de segurança contra incêndio e pânico.
Dilma acendeu uma das seis velas em homenagem aos seis milhões de judeus mortos pelo regime nazista. A cerimônia do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, promovido pela Confederação Israelita do Brasil, homenageou dois brasileiros que trabalhavam no corpo diplomático e ajudaram a salvar judeus emitindo vistos para que fugissem ao Brasil. São eles Souza Dantas, embaixador brasileiro na França, e Aracy Guimarães Rosa, funcionária do consulado em Hamburgo. Ambos contrariaram ordens expressa do então presidente Getúlio Vargas para não conceder vistos. (As informações da Folhapress)
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