O Brasil superou os países europeus e o Japão e se transformou no quarto maior destino de investimentos do mundo em 2012, um ano que entrará para a história como o primeiro a ver as economias emergentes receberem mais investimentos do que os países ricos. Os dados foram publicados nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU) e revelam uma queda brusca de 18% no fluxo de investimentos no mundo, puxada pela retração nos países ricos.
Para 2013, a ONU estima que haverá um crescimento dos investimentos de 7% a 8%, para US$$ 1,4 trilhão. Em 2014, a alta mundial será de 17%, sempre na condição de que a crise seja resolvida. Sentados sobre US$$ 6 trilhões, as multinacionais fecharam suas torneiras em 2012, esperando uma definição política da crise do euro e aguardando dias melhores para a economia. Com a hesitação das grandes empresas, países ricos registraram uma queda de 37% nos investimentos.
Segundo os dados da ONU, o fluxo de investimentos externos ao Brasil também caiu na comparação a 2011. Mas em apenas 2% e bem inferior à média mundial. No total, o País recebeu US$$ 65,3 bilhões neste ano, ante US$$ 66 bilhões em 2011. “O Brasil resistiu bem”, declarou James Zhan, diretor do Departamento de Investimentos da Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento. Apenas Estados Unidos, China e Hong Kong receberam mais investimentos do que o Brasil em 2012.
Os dados também apontam que, no ano passado, a economia brasileira recebeu um volume maior de investimentos que todo o continente africano. Em 2011, o Brasil havia sido o quinto colocado como maior destino de investimentos - em 2010, ocupava a sétima posição. Segundo Zhan, há dois fatores que pesaram. O primeiro seria o incentivo dado pelo governo, por meio de políticas industriais, que está atraindo multinacionais. “Vimos empresas do setor automotivo anunciar investimentos”, declarou. Outro fator foi o esforço de empresas de saltar barreiras impostas pelo governo e conseguir um melhor acesso ao mercado doméstico nacional. (As informações da Agência Estado)
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