A Policia Civil de Feira de Santana (a 108 km de Salvador) divulgou esta semana o balanço de homicídios no segundo maior municipio do Estado da Bahia. De acordo com os números oficiais, no ano passado 412 pessoas foram assassinadas na cidade.
Conforme a série histórica, é o maior número de assassinatos ocorrido em Feira de Santana nos últimos sete anos, com uma alta da ordem de 12,6%, em relação ao ano anterior. Em 2011, a Polícia Civil registrou a ocorrência de 367 homicídios no município.
Segundo os dados da estatística policial, durante o ano passado morreram 41 jovens menores de 18 anos. Em 2011, morrem seis adolescentes a mais. O número de mortos com idades inferiores a 25 anos, ocorridas em 2012, fortalece o "titulo" de Feira de Santana como a segunda cidade com maior taxa de homicídios de jovens da Bahia, a sexta do Brasil. Os dados são do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA).
Para a titular da Delegacia de Homicídios do município, Milena Calmon, o perfil das vitimas de assassinato é, na maioria, de afrodescendentes, de baixa renda, com passagens pelas delegacias e presídios, envolvidos com o tráfico ou o consumo de drogas e outros delitos - como roubos e crimes de conotação sexual.
"Os números são dolorosos, mas são reais, gostaria muito que fosse zero. Porém, infelizmente, não podemos omitir a realidade que a estatística nos mostra", diz a delegada. "A disputa pela boca de fumo do rival e as quebranças (comprar drogas e não pagar) sempre acabam em sangue", lamenta Milena.
Para a delegada, outro fator que contribui muito para o alto número de assassinatos no município é a precária condição de trabalho da Justiça: "Em Feira de Santana temos apenas um juiz para julgar vários crimes. Acredito que a morosidade transmite a sensação de impunidade. Os bandidos acreditam que não serão punidos e continuam aprontando". (As informações do A Tarde)
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