O presidente do Sindicato das Indústrias do Papel e Celulose da Bahia (Sindpacel), Jorge Cajazeira, avalia como "extremamente positiva" a redução de 32% na conta de luz anunciada pelo governo federal, após o ano difícil pelo qual passou a indústria.
O setor de papel e celulose é um dos que mais consomem energia. Cajazeira estima que o custo de produção para as empresas compradoras de energia deve cair em 15% com essa medida. "Isso vai ter um impacto direto na veia do setor", acrescenta.
Impacto - Entretanto, ele distingue o provável impacto da redução na conta da indústria de papel e de celulose. Nessa última, é comum as empresas produzirem a própria energia, portanto, será menos afetada pela medida governamental. "Deve haver uma economia entre 3% e 5% nos custos de produção, o que vai ser gerado indiretamente através dos custos reduzidos com matéria-prima e o frete", explica. "As empresas que geram a própria energia representam 30% do total, mas 70% do faturamento do setor vem delas", acrescenta o presidente do Sindpacel.
Residências - Entre os consumidores residenciais, a redução de 18% na conta foi elogiada. A assistente administrativa Rita Silva ganha um salário mínimo e tem em média uma despesa mensal de R$ 100 com a conta de luz. Para ela, a economia de R$ 18, ao longo de um ano, pode ajudar a amenizar outras despesas.
"Dá para investir no material escolar do meu filho, por exemplo", diz Rita Silva. O comerciante Carlos Alberto Neri de Oliveira gasta em média R$ 1 mil com a conta de luz residencial, o que representa 15% das despesas mensais com a casa.
Ele diz que essa economia vai ajudar a pagar 50% da conta de água. "Mas eu ainda não estou acreditando nesses R$ 180", admite, desconfiado. Ele gostaria que o desconto também fosse aplicado ao seu comércio. Entre as despesas de manutenção do espaço, a energia é a maior. (As informações do A Tarde)
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