O setor produtivo recebeu com cautela a decisão do prefeito ACM Neto (DEM) de suspender temporariamente o pagamento de R$ 305 milhões em dívidas herdadas da administração do ex-prefeito João Henrique (PP), que serão auditadas pela Secretaria Municipal da Fazenda.
Embora vejam como positivas as medidas moralizadoras baixadas pelo novo gestor, na última quarta-feira, empresários alertam para que a "moratória" do pagamento dos serviços prestados à prefeitura não seja por um prazo superior a 60 dias.
O diretor de relações institucionais do Sinduscom (Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia), Vicente Mattos, considera normal esse tipo de cuidado no início das administrações, sobretudo em relação ao último governo, que, segundo ele, não honrava os pagamentos em dia, o que levou mais de 10 empresas a deixarem de trabalhar com a prefeitura.
Mas o executivo é taxativo ao afirmar que "não será normal" se a suspensão dos pagamentos se alongar por tempo superior a 30, 60 dias. Mattos explica: "Muito dos custos da construção civil são imediatos. Trabalhamos com mão de obra intensiva, com material, como cimento e concreto, cujos pagamentos têm de ser feitos logo", disse o dirigente. Na prefeitura, o setor participa com obras de infraestrutura, como pavimentação de vias, contenção de encostas e manutenção de canais. (As informações do A Tarde)
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