A recepção ao papa Francisco no Palácio Guanabara (sede do governo fluminense, na zona sul do Rio) será marcada por protestos convocados pelas redes sociais pelo grupo Anonymous Rio e pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea). A manifestação do Anonymus questiona os gastos públicos com a recepção ao pontífice e pede a saída do governador Sérgio Cabral e do vice Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB. Eles recepcionarão o papa. A solenidade está marcada para as 17h desta segunda-feira, 22, no palácio, com a presença da presidente Dilma Rousseff e do prefeito Eduardo Paes.
Os manifestantes se concentrarão a partir das 18h no Largo do Machado, a 1 km do Guanabara. O grupo planeja seguir até o palácio. Na página de convocação ao evento, mais de 7 mil pessoas confirmaram presença. De acordo com a prefeitura, toda a rua em frente ao palácio estará fechada por medida de segurança.
Na convocação, o grupo esclarece que a manifestação não é contra a presença do papa, que já está a caminho do Brasil, nem contra a Igreja Católica: "A ideia é aproveitar a presença do papa, de seus turistas e da mídia global. Será mais um grito contra a corrupção e por serviços públicos mais dignos". A pauta divulgada pelo grupo questiona os gastos públicos estimados em R$ 118 milhões para a organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e defende o estado laico.
A Atea anunciou que promoverá às 17h manifestação em frente ao palácio. Temerosa de uma reação da Polícia Militar, a entidade tentou no fim de semana uma liminar judicial que proibisse a repressão policial. No sábado, a Justiça negou a liminar. A entidade recorreu. Manifestações do tipo serão promovidas pela entidade em outras capitais brasileiras, como Belo Horizonte e São Paulo, além de cidades importantes, como Ribeirão Preto (SP). (As informações da Agência Estado)
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