Aos 21 anos, Irênio Junior, aluno do 2º ano no Colégio Central, está estudando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mas o objetivo não é uma vaga na Universidade Federal da Bahia (Ufba), que agora usa a nota do exame. Irênio é parte dos mais de 58 mil inscritos no estado que veem na prova a chance de conquistar o Certificado de Conclusão do Ensino Médio. Irênio estuda para Enem, que ocorre em 26 e 27 de outubro; para ele, exame é uma forma de conseguir certificado de conclusão do ensino médio
Do ano passado para cá, o número de pedidos de certificação cresceu 29% na Bahia. Hoje, representa 10,7% do total de inscritos para a prova no estado. Mas não é todo mundo que pode conseguir o atestado via Enem: é preciso ter mais de 18 anos ou completar a idade até o dia da prova; indicar, no ato da inscrição, que deseja obter o certificado; e escolher, também na inscrição, uma das instituições certificadoras cadastradas pelo Ministério da Educação (MEC). No exame, o candidato tem que obter pelo menos 450 pontos em cada uma das quatro provas objetivas e, no mínimo, 500 pontos na redação.
Para maiores - Segundo a superintendente de Educação Básica da Secretaria da Educação da Bahia (SEC), Amélia Maraux, existem resoluções federais e estaduais que definem em que período e idade os estudantes podem solicitar o certificado. “A comissão de avaliação certifica os alunos com 18 anos ou mais. Se estiver no 1º ano e tiver 15 ou 16 anos, ele não pode”, disse.
Somente no ano passado, dos 421,7 mil inscritos no Enem na Bahia, 45,1 mil solicitaram o Certificado de Conclusão do Ensino Médio. Este ano, quando o número de inscrições saltou para pouco mais de 543 mil (aumento de 29%), o número de solicitações de certificado, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), cresceu na mesma proporção: foram 58,2 mil pedidos.
A certificação pelo Enem existe desde 2008. Até então, o documento era entregue após aprovação no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que ainda certifica o ensino fundamental. Agora, o Enem é uma alternativa a essa prova e também às que são aplicadas pela Comissão Permanente de Avaliação (CPA) aos alunos dos Centros de Educação de Jovens e Adultos ou dos cursos supletivos.
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