quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

CONFECÇÃO DE PRESENTES PARA IEMANJÁ GERA POLÊMICA

A menos de uma semana para a Festa de Iemanjá, a organização do evento é motivo de polêmica entre pescadores e o gestor da Colônia Z1/Rio Vermelho, Marcos Souza, o Branco. Um grupo formado por pescadores, a mãe de santo Aíce de Oxóssi - que há 23 anos prepara os presentes para Iemanjá e Oxum - e o empresário Getúlio Soares procuraram o Jornal A TARDE para denunciar a postura do presidente da entidade.

Segundo eles, Marcos Souza não permite a participação dos pescadores que fazem parte da Z1 e "não respeita o significado da festa". Joaquim Manoel dos Santos, por exemplo, colabora há 64 anos e diz que os integrantes da colônia são excluídos das escolhas e da produção do evento.

"Tudo nessa festa está às escuras. Não sabemos nem qual é o presente principal de Iemanjá. O festejo, que antes era feito por nós, hoje é organizado por uma pessoa só, que faz questão de nos excluir", afirma.

Também incomodado com a atitude do presidente, Gilson Alves conta que, em anos anteriores, os dirigentes convocavam os pescadores mais antigos para que cada um opinasse. "Eram escolhidas três sugestões de oferenda principal. As propostas eram levadas para a casa da mãe de santo para ser decidido. Hoje, não sabemos nem se teremos os balaios de Iemanjá e Oxum", explica Gilson.

Marcos Souza afirma que convocou três pescadores para participar das decisões, entre eles Gilson, um dos que reclamam da atual gestão da Z1. Responsável por preparar os balaios de oferendas dos orixás, a mãe de santo Aíce de Oxóssi, do terreiro Odé Mirim, revela que, nos últimos sete anos, as ações religiosas foram financiadas por Carlinhos Brown, devido a uma promessa do músico baiano.

Neste ano, ela diz ter recebido dois cheques do presidente da colônia. Um no valor de R$ 4 mil, pré-datado para 25 de fevereiro. Segundo Aíce, Marcos mandou que ela o trocasse por dinheiro, para comprar o material necessário. "Quem vai aceitar trocar um cheque que eu nem sei se vai ter fundos? Como vou comprar em São Joaquim com um valor alto, sendo que os materiais não são adquiridos em um só lugar?", questiona Aíce. (As informações do A Tarde)

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