A ministra da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) , Ideli Salvatti, criticou, nesta sexta-feira (23) a internação compulsória de usuários de crack, que comparou à política de estado de isolamento de pessoas com hanseníase, adotada nos anos 1940. Segundo informações da Agência Brasil, a declaração foi feita durante o lançamento do documentário “Paredes Invisíveis – Região Nordeste”, que trata do cotidiano das pacientes de hanseníase que foram levados compulsoriamente para viver em hospitais-colônia.
“[O documentário vem] não só resgatar a memória e a história triste desse sofrimento absoluto que essas pessoas passaram mas é também preventivo. Infelizmente a gente percebe que na sociedade nós tivemos muito próximos de cometer situações parecidas com as pessoas portadoras da Aids e agora na questão das drogas, principalmente do crack. Você percebe um discurso muito parecido com o da questão das pessoas atingidas pela hanseníase.
[A ideia é] isola, separa, tira daqui, quando nós temos é que entender que doenças precisam ser encaradas pela sociedade e sempre com a solidariedade humana”, argumentou Ideli. Defendida de forma ampla no Brasil, a internação compulsória de usuários de crack é praticada desde 2003 no estado de São Paulo. Ainda segundo a Agência Brasil, das 100 colônias instaladas na década de 1940, ainda restam 30.
Nenhum comentário:
Postar um comentário