O humorista Tiririca, eleito deputado federal com mais de 1 milhão de votos, admitiu em sua defesa que não redigiu sozinho a declaração entregue à Justiça Federal em que afirma ser alfabetizado. A defesa foi entregue na última segunda-feira na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.
Tiririca é acusado pelo promotor eleitoral Maurício Antonio Ribeiro Lopes de ser analfabeto, o que o tornaria inelegível. Um laudo do Instituto de Criminalística concluiu que "o autor dos manuscritos examinados possui uma habilidade gráfica maior do que aquela que ele objetivou". No último dia 1˚, o promotor entrou com um pedido de cassação do registro de Tiririca.
Francisco Everardo Oliveira Silva, nome verdadeiro de Tiririca, é acusado de falsidade documental e ideológica. Na defesa, ele diz que os seus muitos anos de atividade circense causaram uma lesão que dificulta que ele consiga aproximar o dedo indicador do polegar e que, por isso, sua esposa o ajudou. Também fazem parte da defesa laudos de fonoaudiológos e psicólogos.
Estes pareceres, segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", analisam a susposta dificuldade de dicção dele e seus possíveis reflexos, além de analisar também as consequências que a origem humilde pode ter causado na sua formação educacional. O advogado de Tiririca, Ricardo Vita Porto, não quis se manifestar sobre o conteúdo da defesa - alegando que o processo corre em segredo de Justiça.
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