Combates entre as forças sírias e rebeldes em diversos pontos do país provocaram hoje (2) a morte de pelo menos 19 pessoas, afirma o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que acusa ainda as tropas do governo de terem feito buscas a militantes contrários ao regime do presidente sírio, Bashar Al Assad.
Líderes internacionais afirmaram ontem (1º) que a Síria pode estar à beira de uma guerra civil, já que os esforços internacionais para colocar fim aos conflitos entre rebeldes e o governo não parecem dar resultado. Desde março do ano passado 13, 4 mil pessoas morreram, segundo o observatório.
Hoje, na abertura de uma reunião ministerial árabe sobre a Síria, o Catar pediu que o enviado especial da ONU para a Síria, Kofi Annan, defina um calendário para a missão de paz no país e pediu ao Conselho de Segurança da organização que recorra à Carta da ONU para permitir uma intervenção militar.
"Pedimos ao senhor Annan que defina um calendário para a sua missão porque é inaceitável que continuem os massacres e o derramamento de sangue enquanto a missão se prolonga indefinidamente", disse o primeiro-ministro do Catar, Hamad bin Jassim Al-Thani, na presença de Annan.
O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, afirmou ter pedido à ONU para agir de forma a assegurar a proteção do povo sírio por conta da forte repressão contra o presidente Bashar al-Assad. "Enviei uma carta ao Conselho de Segurança da ONU para pedir que faça todos os esforços para proteger o povo sírio", disse Arabi, pouco antes do início da reunião ministerial árabe.
Perguntado se a carta poderia pedir uma ação militar contra o regime de Assad, o responsável respondeu: "Não evoquei uma intervenção militar". Presidida pelo Catar, a reunião têm a participação da Arábia Saudita, do Oman, do Egito, do Sudão, da Argélia, do Iraque e do Kuwait. (As informações da Agência Brasil)
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