sexta-feira, 29 de junho de 2012

PROPAGANDA ELEITORAL NA TV COMEÇA EM AGOSTO E DEVE ESQUENTAR A DISPUTA

A propaganda eleitoral dos candidatos que estão na disputa pela sucessão municipal de 2012 tem início no dia 21 de agosto, 43 dias antes do pleito, e, ocupará, diariamente, 60 minutos da programação do rádio e TV até 4 de outubro. Com a liberação da campanha no rádio e tv, os postulantes aos cargos públicos devem partir com tudo para angariar votos em um meio que, em termos de mídias de divulgação, é ainda o veículo de maior alcance entre a população.

Pesquisa do Datafolha, divulgada nas eleições presidenciais de 2010, indica que 65% do eleitorado decide em quem votará a partir do que assiste na televisão. De olho nessa fatia, os candidatos e partidos acabam fazendo alianças que soam esdrúxulas, como a do PP e PT, pela disputa da prefeitura em São Paulo, que ganhou o noticiário nacional com o inesperado aperto de mão de Lula e Paulo Maluf.

Em Salvador, os partidos, até mesmo aqueles que não oficializaram a campanha, já começaram a se articular para garantir a adesão de aliados. O PT, que trabalha com a pré-candidatura do deputado Nelson Pelegrino, já conseguiu o apoio do PTB, PSC e, mais recentemente, do PSB e PR. Alice Portugal, mesmo com a candidatura já homologada, ainda pode ter de retirá-la, por causa do PT. O DEM, que sai com a candidatura de ACM Neto, já homologada em convenção, tem como aliados PV, PSDB e PPS.

Por ora, Mário Kertezs segue sem apoio, mas a executiva do seu partido, o PMDB, encabeçada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, já mostrou empenho em participar ativamente da campanha. Fora que o PMDB já dá ao radialista tempo suficiente para exposição televisiva. Conforme a legislação, ocupa mais espaço nas emissoras as legendas que possuem o maior número de cadeiras na Câmara dos Deputados.

O PT, na Bahia, deve obter concessão para o tempo mais extenso de TV, já que a legenda possui a maior quantidade de representantes na Câmara, com 88 no total. O PMDB é o segundo, com 78, seguido do PSDB (53), PP (44), Democratas (43), PR (40), PSB (34), PDT (26), PTB (22) e PPS (12), segundo o Tribunal Regional Eleitoral. O candidato que ocupará mais tempo, contudo, ainda não pode ser definido porque, para se chegar até essa conta, é preciso, além da confirmação das alianças, o registro dos postulantes.

O PSOL, cujo pré-candidato na capital baiana é Hamilton Assis, fica quase no final da lista divulgada pelo TRE, com 3 deputados na Câmara. Pelas contas do pré-candidato, devem lhe restar de cerca de 1 a 1 minuto e 20 na TV. Apesar disso, Assis acredita que, como não há como mudar o critério estabelecido pela legislação para distribuir de forma igualitária os 60 minutos diários entre os partidos, há suas vantagens em não se expor tanto na TV.

“No horário eleitoral, levamos uma desvantagem terrível, mas, por outro lado, acabamos sendo mais objetivos em nossas propostas, diferente de alguns partidos que têm mais tempo e acabam fazendo programas enormes. Acabam virando uma novela”, destaca o pré-candidato, que conta com os debates, igualmente transmitidos pelas TVs, mas que se tornam mais interessantes para os partidos menores porque conferem igual tempo a todos os candidatos.

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