O Governo Bahia publicou, na edição de quinta-feira (21), do Diário Oficial do Estado, a contração sem licitação da empresa Abaís, cujo consultor pedagógico é o professor Jorge Portugal, para prestação de serviços educacionais Pré-Enem por um período de 180 dias. O valor do contrato é de R$ 1.591.774,80 e a medida divide opiniões.
Líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado Paulo Azi (DEM) considerou como “lamentável” a decisão do governo. “Ele [o governo] insiste, irresponsavelmente, nesse tipo de expediente, e mantém esse comportamento. É uma meia sola para prestar esclarecimentos à sociedade”, disse Azi.
Ainda de acordo com o parlamentar, a contratação é um “desperdício de dinheiro”, e o governador Wagner deveria sentar para negociar com o os professores, em greve há 76 dias. Já o líder do governo na AL-BA, deputado Zé Neto (PT), considera válida a contração, e diz que “nesse momento alguma coisa tem que ser feita em benefício dos estudantes”.
Zé Neto garantiu não ter conhecimento da publicação, mas ainda assim saiu em defesa do governador. “Absurdo maior é deixar que os estudantes percam o vestibular e o Enem”, disparou. O líder governista rebateu qualquer entendimento de que o valor da contratação pudesse ser utilizado para pagar o reajuste dos docentes que, de acordo com ele, é de R$ 510 milhões.
Enquanto isso, a oposição insiste para que o governo negocie. “Achamos que por birra, por egoísmo, o governo não quer negociar com os professores. O recurso existe e já provamos isso”, ponderou Azi, que completou: “se os alunos não concluírem o ensino médio, não vão poder fazer vestibular”, concluiu. (As informações do Política Hoje)
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