A presidente Dilma Rousseff se reuniu na manhã desta sexta-feira, 2, com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A primeira manhã de trabalho do segundo mandato foi focada em trabalhar as relações internacionais de seu governo. Além do presidente Venezuelano, Dilma receberá também o primeiro-ministro da Suécia, Stefan Lofven, o vice-presidente da China, Li Yuanchao, e o presidente da Guiné-Bissau, Mário José Vaz.
Maduro, que estava presente na cerimônia de posse, disse na reunião que os dois governos pretendem ampliar a cooperação em áreas como indústria e tecnologia, no âmbito bilateral e do Mercosul. "Já há iniciativas no campo alimentar, no campo farmacêutico e em outros que vão se abrir. Vamos dinamizar toda a agenda, sobretudo da cooperação econômica, industrial, tecnológica, agrícola, agroalimentar. Temos uma base muito bem construída durante 12 anos desse novo tipo de relacionamento entre Brasil e Venezuela", avaliou, ao deixar o Palácio do Planalto.
Segundo ele, os governos do Brasil e da Venezuela devem retomar as reuniões periódicas que haviam nos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, morto em 2013.
Maduro disse que agradeceu a Dilma pelo apoio do governo brasileiro em relação às novas sanções impostas pelos Estados Unidos contra a Venezuela. No começo de dezembro, o Senado americano aprovou uma lei com medidas como o congelamento de ativos e a rejeição da concessão de vistos para pessoas ligadas ao Executivo da Venezuela. As sanções foram criticadas pelo Mercosul e pela União de Nações Sul-Americanas.
O venezuelano comentou ainda que teve um encontro "cordial" com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, antes da posse de Dilma. "Nos cumprimentamos como deve ser, no ambiente que deveria haver sempre, de respeito. O que já havíamos pedido mil vezes aos Estados Unidos em público e privado, uma relação de respeito, mais nada". Maduro disse que a Venezuela tem um governo "admirado e apoiado" em todo o continente e que os Estados Unidos precisam respeitar sua gestão. (As informações da Agência Brasil)
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