Apesar de barulhento, o ato contra o presidente Michel Temer, realizado neste domingo, 4, em Salvador, teve baixa adesão. Manifestantes ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), PT e PCdoB participaram do protesto na Praça do Campo Grande. Várias pessoas levaram faixas e cartazes com a frase "Fora Temer", pedindo a realização de "Diretas Já" e defendendo a volta da presidente Dilma Rousseff. Os núcleos baianos da Frente Brasil Popular (FBP) e da Frente Povo Sem Medo (FPSM), integrados pelas organizações sociais ligadas ao PT e PCdoB, organizaram o ato.
Pichação - Os manifestantes picharam a pista entre a praça e o Teatro Castro Alves com tinta branca e a frase "Fora Temer" e "Golpista" . Um grupo levou letras que formavam xingamentos contra o presidente peemedebista. Fosse Sábado de Aleluia, neste domingo, Temer seria malhado como "Judas" pois cartaz também o indicavam como candidato ao símbolo da traição personificada no apóstolo que entregou Jesus aos romanos. Outros cartazes ostentavam alguns slogans das esquerdas: "Por que a PM só mata preto?", indagava um deles. "Mais direitos, menos direita", apregoavam ainda.
Representante - Alguns vinculavam o nome do prefeito ACM Neto (DEM) ao golpe, chamando-o de represente de Temer em Salvador. Na semana passada, a Justiça Eleitoral proibiu o uso do termo "golpista" ao se referir a Neto que vinha sendo utilizado pela propaganda da candidata do PCdoB à prefeitura Alice Portugal.
Os organizadores estimaram cerca de mil participantes no protesto enquanto a Polícia Militar calculou haver 200 pessoas. Ao contrário do que ocorreu na sexta-feira, quando uma manifestação contra Temer realizada na região da Avenida Tancredo Neves ao anoitecer travou praticamente toda a cidade, o ato desse domingo não atrapalhou a circulação nem provocou grandes engarrafamentos.
Ironia - O trajeto dos manifestantes foi da Praça do Campo Grande até o largo do Farol da Barra, onde ironicamente, ocorreram as maiores manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff e de apoio à Operação Lava Jato e ao juiz Sérgio Moro. (As informações do A Tarde)
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